Três Minutos

Este fim de semana lá fui a casa da utente que tem o papagaio e que tem o marido "Chato". As rotinas a cumprir nesta casa não são dificeis. Aos sábados e domingos vou lá das 20h00 até ás 21h30. Chego e preparo o pijama, a cueca fralda com um penso e o pijama; abro a cama, acendo uma luz de presença no quarto e, de seguida, vou-lhe dar o jantar. Após o jantar, levo a senbhora para a casa de banho e, em conjunto com uma enfermeira, fazemos a higiene parcial, vestimo-lhe o pijama e vai para a cama.

Esta utente, como já referi em histórias anteriores, tem alzheimer em estado já avançado. O marido vai passar os fins de semana a uma cidade próxima da cidadeem que vivemos; vai para a praia. E na minha opinião faz muito bem; tem o direito de aproveitar o que lhe resta da vida. Mas a esposa fica sózinha em casa entre as 14h30 e as 20h, amarrada a uma cadeira de rodas. Durante a noite fica também completamente só em casa. 

No último sábado em quelá estive, cumpri com todas as rotinas e, quando a utente já estava deitada, sentei-me ao lado dela até que adormeceu. O marido telefonou a perguntar se estava tudo bem (telefonou ás 21h17). Ás 21h25 fui arrumar as chaves de casa no sítio onde as costumamos deixar e vim-me embora. 

No dia seguinte telefonou-me o dono da empresa a dizer que o marido da senhora lhe tinha telefonado a dizer que, na véspera ligou para casa ás 21h27m e que eu já lá não estava; que me tinha vindo embora três minutos mais cedo.

Um homem que deixa  a própria mulher doente em casa hoara a fio sózinha, terá moral para recLamar de três minutos? Resultado de imagem para imagens de relogios antigos




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