Aceitar o filho

Hoje ouvi a história de uma senhora que é mãe de um rapaz de 23 anos, portador de paralisia cerebral. É um jovem totalmente dependente em termos fisicos. Mas com todas as capacidades cognitivas.

Esta senhora quando engravidou foi obrigada a casar (o pai dela obrigou-a). Porquê? Porque estava grávida e o pai não queria passar vergonhas!

Depois do dia do casamento, o recém marido desapareceu durante três dias.

Quando o filho nasceu de 29 semanas e lhe foi detectada uma deficiência (paralisia cerebral), o pai e o avô da criança disseram a esta mãe que aquela criança era a maior vergonha da vida deles e que ela o tinha carregado dentro da barriga dela. Passado pouco tempo pediu-lhe o divórcio e nunca mais quis ver o filho.

Nota: o filho, apesar de ser portador de paralisia cerebral, entrou este ano na Faculdade de Letras e é caloiro no curso de História de Arte.

(ainda há um caminho a percorrer no que se refere á inclusão e aceitação de pessoas com deficiência)


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