Últimos apoios Nestes últimos dias tenho ainda prestado apoio a duas utentes. Uma delas foi internada numa clinica na cidade onde mora. Estava em casa mas tinha uma infeção urinária. Além disso,estva com surtos psicóticos; foi mdicada pelo neurologista e pelo psiquiatra; melhorou dos surtos psicóticosmas perdeu a força fisica e passava os dias a dormir. Assim não se alimentava nem hidratava convenientemente. Decidiu-se pelo internamento mas no dia combinado, a utente despertou e recusou. Dizia sentir-se óptima! Foi internada no dia seguinte. Aceitou porque lhe contámos uma meia verdade. Quando deu conta que ia ficar desesperou mas ficou. Oxalá melhore! A outra utente a que tenho ido (a que tem o papagaio), na última vez que lá fui, recusou se a lavar os dentes porque em vez de pasta de dentes queria manteiga na escova. Não há-de morrer por não lavar os dentes um dia!
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A mostrar mensagens de setembro, 2017
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Novas histórias Em Março de 2012, comecei a trabalhar na área da geriatria, em empresas de apoio domiciliário. Foram cinco anos de muito trabalho. Muitos e muitos dias enfiada em casas de utentes, muitas noites mal dormidas e algumas sem dormir.Trabalhei aos sábados, domingos e feriados; noites de Natal e dias de Natal; dia de anos novo e passagem de ano. Houve épocas de muito trabalho, utentes que gostaram de mim e outros nem por isso. Houve de quem não gostei de todo e há outros que nunca esquecerei. Relativamente ás empresas por onde passei, agradeço a todas as oportunidades que me deram; mesmo áquelas de que não gostei. Em todas adquiri experiência e conhecimento. Tenho agora consciência de que se tudo correr bem hei-de chegar a velha e oxalá que seja sem demências. E um dia hei-de acabar, como toda a gente! A partir de segunda, estarei noutro sitio. E talvez com novas histórias!
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Farmacêutico No Verão de 2015, comecei a ir a casa de um senhor de 90 anos; viúvo já há cerca de 14 anos e que tinha sido farmaceutico. Foi farmacêutico porque o pai o obrigou. Tinha farmácias e queria que o filho acabasse o curso e tomasse conta da farmácia, O senhor queria ter sido médico mas lá fez o curso de farmácia. Quando acabou o curso, casou-se sem ninguém saber e foi-se embora para Angola. Montou lá três farmácias e, pelo que o senhor dizia, fez lá muito dinheiro. As filhas nasceram por lá e por lá estudaram; sendo que os cursos superiores já fizeram em Portugal. Com o 25 de Abril tiveram que voltar e deixar lá tudo. Nesse verão de 2015, eu a casa deste senhor aos fins de semana. Ele era teimoso mas conseguia dar-me bem com ele e gostava de o ouvir contar as histórias da vida dele: o ter sido obrigado a tirar o curso de farmácia, o sonho de ter sido médico, o ter ido embora para angola depois de se ter casado ás escondidas, a vida em angola, o ter voltado sem nad
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Andar de gatas Durante uns meses fui a casa de uma senhora com Alzheimer bastante acentuado. Era uma senhora solteira que se tinha dedicado muiito aos seus sobrinhos. Um deles cresceu mesmo com ela. Havia uma grande afinidade entre eles. A senhora podia não se lembrar da voz de ninguém mas daquele sobrinho ela reconhecia mesmo á distância. Esta senhora sabia o nome da rua onde tinha morado antes de estar na morada actual, lembrava-se do nome do seu local de trabalho. Sabia o nome do irmão mais velho mas dos outros nem sempre acertava. Claro que os nomes das cuidadoras ela não conseguia reter. Eu tentava que ela se fosse lembrando do meu e que associasse o meu nome á minha voz. Por vezes resultava. Um dia, á hora de deitar, levei-a para o quarto e sentei-a na sanita. Tirei-lhe a roupa para lhe vestir a camisa de dormir. Para lhe tirar as meias e vestir os carapins, pûs-me de joelhos e baixei-me. Quando me levantei ela viu-me e perguntou-me: andas de gatas Palmira? Pa
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Ser cuidadora Reforço a ideia que ser cuidadora pode ser uma actividade extenuante. Trabalhar doze horas por dia, quatro ou cinco dias seguidos e cuidar de pessoas com demência pode levar a altos niveis de saturação. Mas é uma prática comum em portugal.Não interessa muito ás empresas saber se bem para efectuar o serviço . O que interssa é fazer! Mesmo quando se diz abertamente para nos mudarem o horário por estarmos cansadas. É uma pena!
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Médicos A utente que hije estive a acompanhar tem um sentimento um pouco esquisito e diferente por médicos. E há várias histórias que se podem contar desta utente com médicos. Primeira quetão : marca e desmarca consultas quase todas as semanas; já é conhecida em várias clinicas por matcar e depois não ir. Segunda questão: só gosta de ser atendida por médicos homens. Há pouco tempo marcámos -lhe uma consulta numa dentista, por insistência dela. Tive um trabalhão para a convencer a ir. Consegui arranjá-la e levé-la porque lhe disse que o dono da empresa ia connosco. Chegámos ao consultorio e ao ver que era uma médica dentista, agradeceu e disse que náo queria fazer nada, Fomos para casa. Terceira questão: há pouco tempo convenceu-se que ia casar com o psiquiatra dela. Um dia, obrigoi-me a sair de casa com ela para irmos ao consultório dele, sem consulta marcada. Chegámos lá e o consultório estava fechado. E ela disse-me; culpa dele porque se esqueceu. Quarta quest
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Normal No último fim de semana, fui a casa da senhora que tem o papagaio. Fui ao fim da tarde; assim tive que lhe dar o jantar, ajudar a enfermeira a levar a utente para a casa de banho, fazer a higiene parcial e deitá-la. Esta utente tem uma demêcia já em estado avançado mas consegue estar sempre em estado "zen" e é muito engraçada. Muitas vezes falamos-lhe em alhos e ela responde-nos em bugalhos. E tem respostas de nos fazer rir á gargalhada. No sábado, quando lá estive, ao dar-lhe o jantar resolvi dizer-lhe: está muito bonita hoje! E ela resolveu responder-me: ah mas isso é normal! Boa auto estima!
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Três Minutos Este fim de semana lá fui a casa da utente que tem o papagaio e que tem o marido "Chato". As rotinas a cumprir nesta casa não são dificeis. Aos sábados e domingos vou lá das 20h00 até ás 21h30. Chego e preparo o pijama, a cueca fralda com um penso e o pijama; abro a cama, acendo uma luz de presença no quarto e, de seguida, vou-lhe dar o jantar. Após o jantar, levo a senbhora para a casa de banho e, em conjunto com uma enfermeira, fazemos a higiene parcial, vestimo-lhe o pijama e vai para a cama. Esta utente, como já referi em histórias anteriores, tem alzheimer em estado já avançado. O marido vai passar os fins de semana a uma cidade próxima da cidadeem que vivemos; vai para a praia. E na minha opinião faz muito bem; tem o direito de aproveitar o que lhe resta da vida. Mas a esposa fica sózinha em casa entre as 14h30 e as 20h, amarrada a uma cadeira de rodas. Durante a noite fica também completamente só em casa. No último sábado em quelá estive,